Nascido para Correr – a experiência de descobrir uma nova vida é mais uma resenha de livro de corrida escrita por Bruno de Souza para o Leia correndo. Hoje é dia de “Leia correndo”.
Confesso que tive certo receio em ler este livro, pois sempre quando lia algo a respeito sobre “minimalismo” citava sempre o “Nascido para Correr”.
Minimalismo é o nome que batizaram os calçados reduzidos que simulam a sensação de estar correndo com os pés descalços.
Nada contra a “corrida natural”, mas não sabia bem se eu queria ler sobre isso…
Lembrando que a corrida natural é correr com os pés descalços ou com tênis minimalista, não é para saírem correndo pelados por aí.
Então, fui deixando este livro como enfeite na estante (um grande erro). Como existem pouquíssimos livros sobre corrida de rua “em português”, chegou uma hora que não tinha como escapar e comecei a ler esta obra.
Folheando as primeiras páginas vi o quanto eu estava engando e deveria ter lido muito antes.
A história era incrível e muito bem contada pelo jornalista americano Christopher Mc Dougall.
Não é a toa que esteve na lista dos mais vendidos do New York Times.
E é essa história que lhes conto um pedaço nas próximas linhas…
O livro Nascido para correr
Parecia que o jornalista Christopher Mc Dougall de quase 2 metros de altura e mais de 100 quilos não levava jeito para correr.
Com um histórico impressionante de lesões, corria (ops, corria não, caminhava) de médico em médico buscando uma reposta ou alguma fórmula mágica para poder correr sem dores. Mas o que ouvia dos médicos era
“Pare de correr e compre uma bicicleta”
Foi quando em uma viagem a trabalho ao México, folheando uma revista, ele se deparou com a foto de um corredor indígena em um desfiladeiro que lhe chamou a atenção.
Era um tarahumara (ou rarámuris), nome de uma tribo indígena mexicana.
Seus integrantes possuem como característica uma habilidade incrível em correrem longas distâncias equivalentes a ultramaratonas e quase que praticamente descalços.
Christopher ficou fascinado pela história e, como poucos sabiam da existência dessa tribo, recebeu o aval da revista “Runner’s World” para fazer uma matéria. Mas a experiência foi muito além disso.
Entrevistar um tarahumara não era uma tarefa nada fácil. Além de serem um povo muito fechado e tímido, vivem isolados no desfiladeiro “Barrancas del Cobre”, um dos locais mais inóspitos do México. E, para piorar, cercado por traficante.
Por sorte ele conheceu um fantasma… A lenda “Caballo Blanco”, um homem cujo o único prazer na vida era o de correr e tinha um sonho quase impossível. Foi ele a ponte para se aproximar dos tarahumara.
Corrida Natural e o Minimalismo
Nascido para Correr vai além de contar somente a história dessa tribo mexicana.
Conta como ele reaprendeu a correr de uma forma mais simples (ou mais natural), sem se preocupar com a velocidade, prestando mais atenção nas belezas por onde corria.
Sim, este livro influenciou muita gente a aderir a esta pratica da corrida natural.
Segue uma frase do livro:
“O tênis bloqueia a dor, e não o impacto! A dor nos ensina a correr do jeito certo! A partir do momento em que você começa a correr descalço, irá mudar a sua forma de correr”.
Barefoot Ken Bob
Ou seja, a prática de correr sem tênis caros com amortecimentos engenhosos.
Falando nisso, tem um capítulo sobre a história da Nike explicando e criticando o surgimento da entressola no início da década de 70.
(Recomendo a lerem também o livro “A Marca da Vitória – A autobiografia do criador da Nike”. Vou pedir para a Carol deixar o link para compra online aqui embaixo).
E tem muito mais… Ele conta também a história de alguns dos ultramaratonistas mais malucos do planeta que encaram um mega desafio.
Conclusão
Espero que essa resenha tenha despertado curiosidade sobre o Nascido para correr.
Seja você adepto da corrida natural ou não, tenho certeza de que após terminar a leitura, vai sentir vontade de sair correndo por aí.
Bruno de Souza
Informações importantes sobre o livro Nascido para Correr
Nascido para correr – A experiência de descobrir uma nova vida
Christopher McDougall
1ª Edição – 2010
Editora Globo.
384 páginas.
Bom, espero que tenha gostado de mais essa sugestão de leitura relacionada à corrida.
Para comprar este e outros livros, clique na imagem abaixo…E como Bruno sugeriu, há o livro “A Marca da Vitória – A autobiografia do criador da Nike”.
Até quarta-feira
Um super beijo
Carolina
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