Olááá! Tudo bem? Há tempos queria conhecer a Fortaleza de São João (e, por consequência, o Forte São José).
Nunca tinha conseguido por inúmeros motivos.
No entanto, essa realidade mudou no final de semana passado.
Então, vamos conhecer esses fortes do Rio de Janeiro.
Programando a visita à Fortaleza de São João
Para a visita é necessário realizar o agendamento.
Primeiro, fiz o contato telefônico (vou deixar o número no final artigo) e, depois, enviei um e-mail a pedido do soldado que me atendeu.
Alguns minutos depois recebi o e-mail de confirmação.
O e-mail também continha as instruções para que a visita fosse realizada da melhor maneira possível.
Agendei para mim, Otávio, Délio e Tati.
O dia de conhecer a Fortaleza São João
Fomos com nossos amigos Délio e Tati.
Ao chegarmos, os soldados em serviço na entrada nos pediram os documentos e ficamos aguardando a chegada do soldado guia.
O guia Juan nos acompanhou até o estacionamento, onde havia uma vaga destinada aos visitantes.
A visitação começou no lugar destinado ao Museu do Desporto do Exército.
A construção do museu em si não estava de pé, pois ele está passando por um projeto de restauração.
No entanto, havia algumas esculturas relacionadas ao esporte como o busto do Barão de Coubertin e uma estátua de João do Pulo.
Na verdade, o esporte está super relacionado à Fortaleza de São João.
O local abriga um complexo educacional na arte desportiva.
Além disso, a Fortaleza é a sede do Instituto de Pesquisa de Capacitação Física do Exército e da Escola de Educação Física do Exército.
Fundação da Cidade do Rio de Janeiro e o Forte
Saindo da área do Museu do Desporto do Exército, seguimos até a Praça da Fundação da Cidade.
Essa praça é uma homenagem do Centro de Capitania Física do Exército e da Fortaleza de São João aos portugueses que chegaram com a intenção de expulsar os invasores franceses.
A Praça fica próxima à Praia de Fora, o local do desembarque de Estácio de Sá no dia 01 de março de 1565.
Além de uma paisagem linda da Baía de Guanabara, também é possível observar uma exposição de canhões Blomefield.
Eles foram encontrados em 2006 a 12 metros de profundidade na área do Reduto São Teodósio.
Deixamos a Praça da Fundação da Cidade e vimos o Portão Histórico.
Tombado pelo IPHAN, não tivemos a oportunidade de atravessá-lo, pois ele estava fechado.
Segundo o guia Juan, o Portão tem um valor simbólico enorme, principalmente, durante o cerimonial de incorporação da pessoa ao Exército.
É como se fosse um rito de passagem.
Bom, portão fechado.
A solução foi contornar o Museu do Desporto, passar pela Ponte Calógeras (e apreciar a paisagem) e ver a parte de trás do Portão Histórico.
Antes de subirmos ao Morro Cara de Cão, ainda passamos pelo Reduto São Martinho (onde havia um busto de Duque de Caxias e alguns canhões Whitworth) e pelo Reduto São Diego (posição que oficializa a entrada da Fortaleza de São João).
Explorando o Morro Cara de Cão
E lá fomos nós pela Estrada D. Pedro II.
Passamos pela Bateria Estácio de Sá e seguimos ao Reduto São Teodósio e Forte São José.
Entretanto, antes, passamos por mais uma bateria: Marques Pôrto.
Uma parada no texto para não enlouquecermos…
Bateria? Forte? Fortaleza? Não são a mesma coisa? Não! Vamos ver a diferença:
Bateria=Uma bateria ou bataria, em arquitetura militar, é uma plataforma utilizada para dispor uma ou mais bocas de fogo numa fortificação.
Forte =uma ou mais baterias de Artilharia localizadas na mesma obra.
Fortaleza = duas ou mais baterias localizadas em obras independentes e com espaço entre elas.
Não descemos ao Reduto São Teodósio porque o acesso estava fechado.
No entanto, na parte superior do Reduto vimos o Canhão Armstrong.
Ele é conhecido como Vovô. É o canhão de maior calibre no Brasil. São 550 Libras.
O interessante nele (além do seu calibre) são as ranhuras no seu interior.
Elas possuem a função de aumentar a aerodinâmica, a estabilidade e a precisão dos projeteis.
O Reduto São Teodósio tem um papel importante na defesa da cidade porque ele estreita a defesa da entrada na Baía de Guanabara.
Continuamos a caminhada até o Forte São José.
Passamos por mais um canhão.
Dessa vez foi um Krupp chamado “Cachorro”.
O nome é devido ao seu apoio de quatro rodas que lembra as quatro patas de um cão.
A particularidade desse canhão é porque ele foi o primeiro canhão no Brasil a ser carregado pela culatra.
Forte São José
Finalmente, chegamos ao Forte São José!
Na entrada, já vemos um estrago na sua parede.
Ele foi causado por uma bala enviada do Forte Tamandaré durante a Revolta da Armada.
São 17 casamatas.
Cada uma tinha um canhão sobre um berço de reparo de fortaleza com estrado.
Isso facilitava o manuseio e a movimentação do mesmo.
Interessante observar a construção do Forte São João.
Assim como a Fortaleza de Santa Cruz, esse Forte também foi construído com pedras usando a técnica da cantaria.
E olha a espessura das paredes… 1,4 metros. Sinistro, né?
Em cada casamata também havia uma abertura que funcionava como uma chaminé.
Isso ajudava a dissipar a fumaça originada do disparo.
Notei que nas aberturas do Forte São José havia duas marcas nas pedras.
Antes mesmo que eu perguntasse, o guia Juan nos explicou que havia como se fossem duas chapas que fechavam as aberturas do Forte.
Elas funcionavam como proteção.
Já imaginou se durante a preparação do canhão (que não era algo muito rápido) o inimigo revidasse?
Vai que ele tinha uma boa mira?
Perto das casamatas estava o Paiol Aproximado.
O nome já indica a sua função né? Guardar a munição para uso imediato.
Fomos para a parte superior do Forte São João.
Além de visualizar mais paisagens, o guia Juan nos passou mais informações.
Museu Histórico da Fortaleza de São João
Acima do Forte São José está o Museu Histórico da Fortaleza de São João.
O objetivo do museu é retratar a história do Brasil, reviver o memorial da fundação da cidade do Rio de Janeiro e resgatar a participação da Fortaleza de São João na defesa do Rio.
No Museu Histórico da Fortaleza de São João é possível ver painéis explicativos, uniformes, armamentos e munições.
O que chamou atenção, para mim, foi:
- O mini canhão Sculler de 2,5 polegadas;
- A exposição com as Bandeiras do Brasil;
- O painel com todas as Fortalezas e Fortes do Rio de Janeiro.
Saímos do Museu e fizemos o trajeto de volta no Morro Cara de Cão até o estacionamento.
Infelizmente, o passeio à Fortaleza de São João havia chegado ao fim.
Aproveito para agradecer o guia Juan por todo o conhecimento passado.
Parabéns pelo excelente trabalho realizado na Fortaleza de São João.
Informações importantes sobre a visita à Fortaleza de São João e Forte São José
Visitação gratuita
Endereço: Avenida João Luiz Alves, s/n, Urca.
Horário de Funcionamento: terça-feira a domingo, em dois horários: 9h ou 13h30.
Duração da visita: 2h30.
Necessita de agendamento prévio através do telefone (21) 2586-2203 (pedir para ser transferido para o Museu).
Espero que tenha gostado desse passeio.
Você já conhecia essa Fortaleza? Gosta de visitar fortes quando viaja? Tem mais alguma informação para complementar?
Então, aproveite, escreva aqui nos comentários e vamos continuar essa conversa…
Sendo assim, hoje fico por aqui!
Portanto, um super beijo e até a próxima…
Carolina
Gosta de fortes e fortalezas? Então confira alguns passeios possíveis pelos fortes do Rio de Janeiro:
- Forte de Copacabana;
- Forte Duque de Caxias;
- Fortaleza de Santa Cruz da Barra;
- Fortaleza de São João e Forte São José.
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Respostas de 4
Oi Carol, foi muito bom visitar a Fortaleza de São João. Como descobrimos o quanto ainda existe a ser descoberto nesta cidade. E ,também, parabéns ao guia Juan.
Vale o passeio.
Foi uma excelente "descoberta". O lugar é lindo e tem muita história. E a explicação do guia foi muito completa mesmo…
Vale realmente a visita!!!
Um super beijo, Tati!
Carolina
Amei!
Ja entrou na minha lista de prioridades 😊
Que bom Aline! Na próxima vinda ao Rio, vamos lá visitar!!!
Desculpe pela demora na resposta. Simplesmente, não recebi alerta de comentário publicado. Agora vou passar a olhar diariamente para saber se tem alguma coisa, porque não dá mais para confiar…
Um super beijo,
Carolina