Livro Devoção…
“Foi fuçando no Instagram que encontrei uma foto desse livro.
Ao ver na capa esse senhor com uma camiseta do Ironman empurrando seu filho numa cadeira de rodas, imaginei que ali teria uma grande história.
Apesar de ter diversos vídeos sobre eles no YouTube, confesso que não conhecia a dupla.
A melhor maneira de conhecer essa história, sem dúvida foi lendo esta biografia deles.
Por que Devoção?
No livro Dick Hoyt conta a história de seu primeiro filho Rick, que nasceu com paralisia cerebral.
Tetraplégico, ele só conseguia controlar alguns movimentos da cabeça.
Foi graças a um grupo de estudantes de engenheira, que se mobilizaram em desenvolver uma máquina na qual ele pudesse se comunicar utilizando a cabeça (isso nos anos 70), que Rick finalmente pôde se expressar.
Antes a comunicação era apenas pelo olhar.
Primeira corrida
Rick ficou sabendo na escola sobre uma corrida beneficente e disse para o seu pai que gostaria de participar para contribuir.
E foi assim que nasceu a equipe Hoyt, como futuramente seriam conhecidos.
Dick empurrou seu filho Rick em sua cadeira de rodas em uma prova.
Mesmo seu pai chegando exausto, ficou gratificado ao ver a alegria e o sorriso do seu filho.
Sabia que havia, finalmente, encontrando uma atividade na qual ambos poderiam praticar juntos e então nunca mais pararam.
“Papai quando estou correndo, não me sinto deficiente”.
Após ler essa frase do seu filho, Dick não teve dúvidas.
Dedicou-se aos treinos e logo a dupla estaria participando de diversas provas, até chegarem à maratona e, incrivelmente, ao Ironman.
A corrida de rua no final dos anos 70
Se hoje ao vermos um cadeirante em uma prova aplaudimos e incentivamos, naquela época, não era bem assim.
Havia poucos corredores e esses poucos eram bem competitivos.
Portanto, ao verem um pai empurrando seu filho em uma cadeira de rodas, os outros corredores estranhavam a cena e não eram tão receptivos.
Isso não abalou a equipe Royt que persistiu e todo final de semana participavam de alguma prova.
Eles foram se aprimorando. Melhoraram até o formato da cadeira de rodas.
Dick brinca dizendo que se tivesse patenteado aquela cadeira hoje estaria rico.
Enfim, correram tanto que logo estavam preparados para um desafio maior ainda…
Correr a maratona da cidade na qual eles moravam, a Maratona de Boston.
Maratona de Boston
Lembrando que a resenha do mês passado é sobre um livro que conta tudo sobre a Maratona de Boston.
Correr em Boston não foi tão fácil assim para a dupla.
Não por causa da distância, mas pelo motivo de que na primeira tentativa de se inscreverem, foram rejeitados.
Eles correram então outras maratonas e, mesmo obtendo o índice, os organizadores continuavam a rejeitar a inscrição da dupla.
Foram anos tentando se inscrever, até que, então, a organização finalmente cedeu.
Um dos fatores que contribuíram para isso foi o destaque que a equipe Hoyt começou a ganhar na mídia.
Sim, você pode!
Essa é a frase que a dupla passou para o mundo.
Nas últimas páginas, eles contam histórias sobre diversas pessoas que se motivaram a partir do exemplo deles.
Este livro é de 2011, mas encontrei com facilidade no site Estante Virtual.
E por um preço bem barato. Fica a dica. Às vezes, o conteúdo é mais valioso que o preço do livro.
E esse é o caso deste livro.
Bruno de Souza
Informações importantes sobre o Livro Devoção
Devoção
Dicky Hoyt
1ª Edição – 2011.
288 páginas.
Editora Nova Conceito.
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Respostas de 2
Bruno sempre arrasando nas resenhas. Histórias como a do Rick, ou até mesmo como a do Rodrigo e do Biel @correndocombiel, do qual sou mega fã, me fizeram ter uma percepção diferenciada para a questão da inclusão. Em agosto participarei pela segunda vez do projeto Pernas para que te quero…é um lindo projeto aqui de Curitiba que nos proporciona a experiência de empurrar um cadeirante durante uma corrida de 2km. Já estou ansiosa! Parabéns pela resenha, Bruno!
Camilllllllaaaaaaaa, demorei tanto a responder que agosto passou e você já participou do projeto, he he he… Como foi a experiência????
Desculpe pela demora!!! Te expliquei o que houve em um outro comentário!!! Não vou ficar repetitiva, he he he…
Um super beijo!!!
Carolina