Olááá! Tudo bem? Claro que o artigo de hoje tinha que ser sobre a Rio do Rastro Marathon!
Afinal, depois de muito tempo, tivemos a chance de viajar para correr novamente.
A Rio do Rastro Marathon é realizada na Serra do Rio do Rastro, a famosa serpente de Santa Catarina.
A prova estava prevista para ocorrer em maio de 2021, mas precisou ser adiada, assim como vários eventos.
Então, finalmente, ela aconteceu nos dias 02 e 03 de outubro de 2021.
Dessa forma, a Edição dos Guardiões contou com provas de:
A largada em Lauro Muller aconteceu em frente à prefeitura da cidade.
Já a largada em Orleans aconteceu no Paredão de Orleans, feito pelo artista Zé Diabo.
Para saber mais sobre essa obra, confira o artigo Paredão de Orleans, um pouco de história.
Vou falar somente das provas de corrida da Rio do Rastro Marathon, ok?
Quem correu os 25 km alcançou uma altimetria de 2005 metros e correu somente em asfalto.
Já quem participou da prova dos 42 km, passou por estrada de chão do km 8 até o km 16.
Mesmo assim, os atletas não precisaram usar tênis de trilha para esse trecho.
Inclusive, o próprio tênis de asfalto serviu.
E a altimetria foi de 2560 metros.
Na verdade, a Rio do Rastro Marathon é considerada a maratona de asfalto com maior altimetria do Brasil.
Os kits foram entregues na cidade de Orleans nos dias 01 e 02 de outubro.
Portanto, para evitar aglomerações, foi preciso agendar horário via aplicativo da Corre Brasil.
No horário em que fomos estava tudo muito tranquilo e organizado.
O kit foi bem interessante e foi composto por:
E ainda teve o Kit Finisher que foi entregue após a conclusão da prova, com:
Como parte integrante do kit, cada participante recebeu uma sacola padrão para utilização do guarda volumes.
Dessa forma, o atleta deveria entregar a sacola lacrada, no local identificado como guarda volumes na arena de largada, em até 30 minutos antes do horário de largada de cada prova.
Todo o material foi levado em caminhão para o local de chegada.
As provas da Rio do Rastro Marathon contaram com pontos de corte.
Para a corrida de 25 km, o ponto de corte foi no km 12,5, no Mirante 12 da Serra do Rio do Rastro.
Além disso, o tempo máximo permitido era de 2h04m59s.
Já para a maratona, o ponto de corte foi km 29,5 (mesmo local dos 25 km).
Ademais, o tempo máximo era de 4h29m59s.
Na bike, o corte não tinha um local fixo.
Havia o “carro vassoura” que sairia do km 28 com 2h39m59s de prova.
Dessa forma, ele recolheria os ciclistas que estivessem pelo caminho.
Os tempos limites de prova foram de:
Expirados estes prazos, obrigatoriamente, o atleta deveria embarcar no carro da organização, sendo eliminado da prova.
No entanto, mesmo os que não conseguiram completar a Rio do Rastro Marathon receberam uma medalha de participação.
Inclusive a Guardiã, cachorra que foi adotada e virou mascote da Corre Brasil após correr a Maratona. Olha que lindo!
Subi correndo… Vou ter que descer correndo a Serra do Rio do Rastro?
Nãoooo!!!
Isso porque a organização disponibilizou serviço de traslado aos atletas e/ou acompanhantes
O valor de cada trecho era de R$ 75,00 por pessoa.
Então, os acompanhantes podiam pagar para subir e para descer e os atletas para descer.
Também houve um transfer cedo que desceu com atletas que estavam hospedados em Bom Jardim da Serra ou em outros locais do alto da Serra do Rastro.
Aliás, foi esse serviço que minha mãe usou para subir e também que nós usamos para descer a Serra do Rio do Rastro após a corrida.
Quem fez a Maratona ainda teve a chance de participar do Desafio da Santa.
O Desafio da Santa engloba os 7 km finais da Serra do Rio do Rastro.
Esse trecho é considerado o mais difícil de toda a Rio do Rastro Marathon.
A Serra do Rio do Rastro ainda guardava mais uma surpresa: o clima durante as provas.
Considerada a região mais fria do Brasil, mesmo sendo primavera, o frio poderia dar o ar da sua graça. Mas ele não deu…
Não sei se felizmente, ou infelizmente, pois o que mais a gente tinha levado era roupa de frio.
Bom, agora que já falei das características gerais da prova, vamos às minhas impressões…
Eu nunca nem imaginei correr uma prova dessas.
No entanto, ao escrever sobre o que fazer na região da prova para a Maratonas no Mundo, fiquei simplesmente encantada por Orleans e sua história.
Então, pensei:
Vou me inscrever, correr depois de tanto tempo e ainda, de quebra, conhecer Orleans.
Só não contava que, em junho, eu torceria o meu pé esquerdo e teria meu treinamento comprometido (não, não é um drama para justificar caso eu não fosse bem na prova).
O grande dia da viagem chegou.
Otávio não pode ir desta vez, por conta do trabalho. Então, fui com minha mãe e os amigos Tati e Délio.
Ficamos em Criciúma, no hotel Ibis, e fomos buscar o kit em Orleans.
No dia seguinte, seria a largada da corrida de 25 km, a nossa…
Confesso que eu estava em pânico, de verdade, com medo de não conseguir atravessar o ponto de corte a tempo.
Afinal, já teríamos subidas ao longo do caminho até chegar ao Mirante 12.
Fazia muito tempo que não estudava uma prova e não pensava em uma estratégia (mesmo antes de a pandemia começar).
Tanto que havia planejado onde beber água, onde comer, onde tomar gel…
Acho que esse fato metódico foi que me deixou muito nervosa quando não achei a hidratação no km 2 da prova (depois você veja a fúria no vídeo 😂).
A pressão do tempo me acompanhou até o km 12,5.
Como a gente vai sempre em um ritmo constante, normalmente, a gente fica em um grupo dos mesmos corredores.
E havia algumas mulheres próximas que gritavam loucamente. Eu pensava:
Deus, por que gritar assim? Eu só queria me concentrar para chegar no km 12,5.
Um pouco antes de chegar ao ponto de corte, comecei a conversar com “uma das mulheres que gritavam”.
Era a Maria Teresa… Conversa vai, conversa vem… Ela me contou que havia perdido o marido no ano anterior por covid.
Cara, eu já estava destrambelhada com a preocupação do tempo de corte, ainda escutei uma história dessas?
Comecei a chorar e a ter uma falta de ar que me dava quando comecei a correr e me emocionava nas chegadas.
Aí entendi que os gritos também eram uma maneira de extravasar as emoções que ela e as amigas estavam vivendo naquela prova.
A gente julga sem saber… Eu queria silêncio para lidar com minhas emoções, elas o barulho… Aprendizados…
Enfim, cheguei ao ponto de corte com Maria Teresa.
Nos despedimos… Ela seguiu seu caminho e eu pensei:
Vou dar 10 minutos de tempo aqui para ver se a Tati chega.
Enquanto isso, vamos cantar e beber Coca-Cola.
Tati chegou em 4 minutos e fomos o restante da prova caminhando, conversando e apreciando a paisagem…
Km 18… Era nele que começaria o trecho mais difícil da prova (o trecho que os maratonistas fariam o Desafio da Santa).
Realmente, um trecho duro, íngreme, mas com tanta beleza e fotógrafos, que tudo isso fez com que seguíssemos adiante confiantes.
Estava tudo bem fechado, até que o tempo abriu… E vimos o topo da Serra. Era lá o nosso alvo na Rio do Rastro Marathon.
No trecho final, fomos agraciadas com um pouco de vento, mas nada comparado ao que aconteceu no dia da maratona (disseram que era tão forte que jogava para o paredão).
Enfim, a reta final…
Corremos alguns metros para chegarmos correndo.
Vi minha mãe com alguns dos apetrechos que tínhamos levado para ela enfrentar o frio “mortal” que estávamos esperando na Serra.
E, enfim, chegamos!
Pegamos o kit de finisher e ficamos aguardando até as 14 horas para pegarmos o transfer de descida.
Mas antes, conseguimos trocar a roupa molhada por roupas secas no vestiário montado na área do atleta.
Aliás, foi ótimo isso!
Além disso, confira também o vídeo do Viajar correndo sobre a Rio do Rastro Marathon…
Gostou da prova e quer saber como chegar à região? Vem comigo…
O aeroporto mais próximo é o de Jaguaruna. Também pode ser usado o de Florianópolis.
Algumas distâncias:
O ideal é ficar nas cidades das largadas, mas se lotar, porque são cidades pequenas, Criciúma é uma opção.
Então, confira as possibilidades de hotéis em:
E a? Participou da Rio do Rastro Marathon também? Além disso, tem mais alguma informação para compementar?
Então, conte aqui nos comentários quais foram as suas impressões e as informações!!
Hoje fico por aqui.
Em breve, confira o artigo sobre O que fazer nas redondezas durante a Rio do Rastro Marathon.
Portanto, um super beijo e até a próxima!
Carolina
Quer ver outras provas da Corre Brasil que já participamos? Então, confira:
Ademais, eu não fui, mas meu amigo foi em mais uma prova organizada por eles. Portanto, confira Desafio Beto Carrero.
Além disso, como ficamos hospedados em Criciúma, aproveitamos para conhecer a Mina de Visitação Octávio Fontana
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6 respostas
Carol!!!!!
Mais uma super viagem. Tudo perfeito. Muita apreensão para essa corrida. Prova mais dificil em altimetria e asfalto que já fiz. Treinei muito, mas tinha certeza que seria durissimo, até porque não conseguimos repetir a prova na íntegra. Foi ótima a parceria, acabamos por nos divertir e ajudar algumas pessoas no caminho. E terminamos bem, sem dor , prontas para outra…daqui a algum tempo.
Valeu e obrigada!!!!
Tatiii!!!
Verdade, foi uma super viagem! Até a corrida acontecer, havia um ar tenso, o medo pairava… Mas depois que a Rio do Rastro Marathon passou, conseguimos aproveitar tudo com a maior tranquilidade (exceto a subida da Serra do Corvo Branco, ha ha ha).
Eu que agradeço e até uma próxima aventura!
Super beijo,
Carolina
Show Carol, mais um “belissimo” post. Mais uma corrida fantástica. Ótimas companhias, aguardamos quem sabe, o próximo ano a possibilidade de repetirmos a corrida, a organização ( melhor evento dessa serra ), a região maravilhosa e conhecer ainda mais as possibilidades gastronômicas das diversas cidades.
Bjs
Delio
Disse tudo, Délio!
Hoje minha mãe disse que gostou mais da Serra do Corvo Branco do que a do Rio do Rastro, hahahaha. Mas ela depois se explicou dizendo que a paisagem era mais bonita!!!
Obrigada pela viagem e pelo comentário!!!!
Até a próxima! Super beijo,
Carolina
Carol!
Parabéns, lindas fotos e narrativa, como sempre!
Eu também me emocionei com “os gritos”. Pelas imagens, o lugar era ideal para gritar as grandes dores.
Plagiando você: “Super beijoooo”
Oi Isabel!
Que bom que você gostou da Rio do Rastro Marathon. Foi realmente uma experiência incrível.
Adorei o “lugar ideal para gritar as dores”. Com certeza, era mesmo!!!!
Obrigada pela visita e pelo comentário…
Um super beijo,
Carolina