Olááá, tudo bem? Hoje falaremos sobre a Maratona de Istambul, uma prova muito interessante, porque é a única no mundo que atravessa dois continentes.
O ponto alto da prova é, justamente, sair da parte asiática de Istambul, atravessar a Ponte dos Mártires de 15 de julho e chegar ao lado europeu.
Na verdade, o foco do artigo são os 15 km que acontecem paralelamente à maratona e que são, justamente, os 15 km iniciais da maratona.
Então, acompanhe…
Esta foi a 44ª edição da Maratona de Istambul.
Ela ocorreu no dia 5 de novembro e teve como temática “a corrida do século”.
Ué, mas não são só 44 edições? Como assim, do século?
Isso porque, em 2023, a Turquia comemorou 100 anos da proclamação da República.
Tanto que em todos os lugares que visitamos, inclusive em outras cidades, havia bandeiras alusivas ao centenário.
Eu já havia participado dessa prova em 2014 com Otávio.
No entanto, não tinha feito nenhum vídeo. Apenas, fotografamos.
A ideia de “correr em dois continentes” me chamou muita atenção.
E, como já estaríamos ali pertinho para correr a Maratona de Atenas, lá fomos nós correr em Istambul.
Afinal, a Maratona de Istambul seria uma semana depois da Maratona de Atenas.
Atualmente, ela tem acontecido uma semana antes.
Confira como foi a nossa participação nos 15 km da Maratona de Istambul 2014, lembrando que ela não é o mesmo percurso atual.
Voltei para fazer essa prova, porque queria levar minha mãe à Casa de Maria, em Selçuk.
Portanto, aproveitaria a mesma época da Maratona de Istambul para fazer um viajar correndo e um viajar rezando!
O local de entrega do kit foi no Centro de Eventos Dr. Mimar Kadir Topbaş Gösteri ve Sanat Merkezi.
Fomos a pé do nosso hotel, mas havia a possibilidade de ir de ônibus. A estação de tram era longe, mas havia uma estação de metrô a 1,5 km do local.
Foram três dias de entrega de kit e nós fomos no último dia, pois tínhamos chegado no dia anterior a Istambul.
O horário em que fomos (por volta de 10h) estava bem vazio e o processo de entrega foi muito rápido.
A feira tinha muitos stands e muitos produtos.
No entanto, nem olhei, pois queria voltar para o Centro Histórico e apresentar a cidade para minha mãe.
Uma verdadeira saga, mas muito interessante também.
O transporte público estava disponível gratuitamente para os corredores.
Bastava apenas apresentar o número de peito.
Como estava próximo de Sultanahmet, utilizei o tram e depois o ferry boat.
No entanto, dependendo da parte da cidade, havia outras opções de transporte.
Cheguei cedo à estação.
Um verdadeiro medo de “perder o bonde”, hahahaha…
Muitos corredores já aguardavam pelo bonde, que só veio às 6h30 e tals…
Estava lotado, claro, mas logo chegamos a Eminönü, local onde pegaríamos o ferry boat.
Nem preciso dizer que amei a experiência de andar de ferry pelo Bósforo…
Tanto que vou fazer uma seção específica sobre isso, hahahahaha…
Na nossa primeira experiência com essa corrida, um ônibus saía de pontos específicos e levava os corredores até a largada no lado asiático.
Desta vez, foi assim. Simplesmente, o corredor poderia acessar utilizando um ferry boat que ligaria o lado europeu ao lado asiático.
E eu imaginei que seria um mini ferry.
Que nada! Era gigantesco!
Já na entrada fomos recebidos com música por uma banda (que, inclusive, foi tocando até o desembarque).
A tolinha aqui entrou rápido para descolar um lugar para sentar.
No entanto, depois eu vi que podia viajar do lado de fora e que havia lugar para sentar do lado de fora da embarcação.
Então, vamos vivenciar esta experiência!!!!
Não tomei café direito antes, porque fiquei com medo de enjoar.
Mas a viagem foi tão tranquila que poderia ter tomado direito.
No entanto, também não foi um drama…
Isso porque tinha levado meu sanduíche e outras coisinhas para comer, hehehehe…
E assim, chegamos, em paz, no lado asiático de Istambul.
Depois de chegarmos à estação de Beylerbeyi, tivemos que caminhar por 1,95 km até o local da largada.
Havia uma rota disponível no site, mas era tanta gente que, mesmo quem não tivesse olhado para ela, não teria erro para chegar.
Era só seguir os corredores.
Em um determinado momento, havia uma barreira policial com detector de metais.
Foi só mostrar o número de peito e passar. Nada grave…
E, assim, depois dessa pequena caminhada com algumas subidinhas, cheguei ao local de largada.
Ali estavam os caminhões que seriam o guarda-volumes.
Eles estavam numerados e cada corredor já havia recebido no kit da prova qual seria o número do caminhão para guardar seus pertences.
Aliás, a própria bolsa do kit deveria ser usada para guardar as coisas.
Era só colar a etiqueta com o mesmo número de peito e entregar.
A largada estava dividida em ondas. Eu era do grupo A.
No entanto, antes de entrar na minha baia, vi que alguns corredores estavam aquecendo na Ponte dos Mártires de 15 de julho.
Eu queria a foto da placa Welcome to Asia. Então, lá fui eu atrás dela.
Logo depois, eles fecharam o acesso…
Nem preciso dizer que fiquei emocionada, né?
Voltei para o local de largada.
Às 9h, houve a largada da Maratona. Uma verdadeira festa…
A primeira onde dos 15 km estava prevista às 9h16. No entanto, atrasou quatro minutos…
Nada que fosse tão dramático assim…
E lá fomos nós atravessar os dois continentes…
Logo já estávamos na Ponte dos Mártires de 15 de julho…
Havia um grupo de staff com uma plaquinha indicando que fôssemos para a esquerda.
No entanto, ainda havia corredores no lado direito da ponte.
Na verdade, era lá que eu deveria estar se eu quisesse filmar a placa Welcome to Europe também…
E o medo de pular a divisória e ser presa? Ou ser punida de alguma forma?
Mas enfim, eu precisava estar do outro lado.
Reduzi a velocidade e pulei…
Pronto, estava preparada para a Welcome to Europe.
Corre, corre, corre e onde está a placa?
Já era para ela ter aparecido…
Eles simplesmente tiraram a antiga placa amarelo fluorescente e deixaram só a verde.
Bom, estava valendo…
Welcome to Europe!!!!
A partir dali, era só concentrar no trajeto e aproveitar o apoio da galera.
Aliás, o que foi aquilo…
Em 2014, havia apoio de diversos grupos pelo caminho. Isso animava e dava forças para enfrentar o trajeto.
No entanto, em 2023, esse apoio superou TUDO o que eu já vi.
Era um grupo atrás do outro gritando, com placas, com apitos…
Uma crítica? Sim… Penso somente que se é uma prova internacional, também deveria ter placas com palavras em inglês.
A maior parte estava em turco e a gente apenas podia imaginar o que significavam, hahahahah…
Havia a previsão de hidratação de 5 em 5 km, a partir do km 5…
Bom, chegamos no km 5 e onde estava a água?
Ela só foi aparecer quase no km 6.
Peguei uma garrafinha a mais e coloquei no bolso, pois vai que o restante seria bugado assim.
Um novo posto apareceu no km 7,5. Depois outro no km 12.
Não sei como ficou para a maratona, mas, pelo visto, não deve ter seguido o padrão de 5 em 5 km.
Além da Ponte dos Mártires de 15 de julho, passamos por outras atrações de Istambul.
Isso incluiu mesquitas, o estádio do Besiktas (um dos times de futebol da Turquia), o Dolmabahçe Palace, a Torre Gálata e o Bazar Egípcio.
Também tivemos mais uma ponte para atravessar.
Mas essa era só para atravessar o Chifre de Ouro e fica totalmente no lado europeu de Istambul.
O Chifre de Ouro é um estuário que divide o lado europeu da cidade de Istambul.
Com o Mar de Mármara, o Corno de Ouro forma uma península com um profundo porto natural.
São várias pontes que atravessam esse local, mas nós passamos especificamente pela Ponte de Gálata.
Ali tinha muita música, torcida e gaivotas (aguardando pelos peixes, pois a ponte é um importante local de pesca).
Saindo da Ponte de Gálata fomos contornando às margens e corremos ao lado do Bósforo.
O Bósforo é um estreito que liga o Mar Negro ao Mar de Mármara e marca o limite dos continentes asiático e europeu na Turquia.
E logo estávamos correndo ao lado do Mar de Mármara, com muito vento contra…
Aqui o apoio popular deu uma diminuída.
Seguimos pelas margens do Mar de Mármara.
Faltavam apenas 2,5 km para chegar.
Passamos por um túnel bem agitado e animado, com DJ, música e luzes.
E em uma pequena subida estava o pórtico de chegada.
O limite de tempo para a corrida de 15K era de 2 horas e 15 minutos.
Portanto, como fiz dentro do tempo (01:34:34), recebi minha medalha e fui pegar meu kit pós prova.
Ele já foi entregue em uma bolsinha de algodão e continha água, um biscoito vegano de cebola, duas barrinhas bem ruinzinhas e um doce de frutas.
Entreguei o chip e era hora de voltar para o hotel e se preparar para ir a Sultanahmet assistir à chegada da Maratona.
Assista ao vídeo de como foram os 15 km da Maratona de Istambul, na minha percepção.
Já conhecia essa maratona intercontinental? Já participou dela? Tem vontade de correr a Maratona de Istambul? Além disso, você tem mais alguma informação para acrescentar?
Então, aproveite e escreva nos comentários…
Vou aguardar a sua mensagem, mas hoje fico por aqui!
Portanto, um super beijo e até a próxima,
Carolina Belo
Para saber mais sobre Istambul, confira os artigos do Viajar correndo…
E novos artigos estarão vindo, em breve…
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