lááá! Tudo bem? Em mais um post sobre o Egito, vamos visitar a Represa de Assuan e também o Templo de Philae.
Não vamos perder mais tempo. Vamos lá?
Não sei se você está lembrado, mas quando se estuda o Egito na escola sempre é mencionada a questão do limo fertilizante que o Nilo deixava nas suas margens durante os períodos de cheia e que propiciava maravilhas na agricultura.
Lembra-se disso? Pois bem, atualmente, isso não acontece mais por conta de uma obra realizada em meados de 1950: a Represa de Assuan.
Nossa visita de hoje acontecerá na represa e no Templo de Philae.
Vila de Núbios em Assuan
Antes de irmos até a Represa, visitamos uma vila dos Núbios.
Como já disse no post anterior, o núbios viviam na região entre o Egito e a África Subsaariana.
Esse povo tinha cultura e línguas próprias.
A região onde viviam era repleta de riquezas, como o ouro e o marfim, o que causou a cobiça de outros povos.
Tanto que em 3.100 a.C, a Núbia foi conquistada pelo Egito.
Com isso, os faraós e as dinastias passaram a explorar os núbios como escravos.
Não achei um passeio muito interessante não, mas como estava incluído no pacote…
Saindo da vila, seguimos à Represa de Assuan.
Represa de Assuan
Voltando à história da cheia do Nilo, ela já estava ameaçada na primeira construção de uma barragem nesse local.
Isso aconteceu entre 1899 e 1902 e a represa é chamada de Assuan Baixa (Assuan Antiga).
Ela foi executada pelos americanos e britânicos.
Em 1952, com as mudanças políticas no país, começou a ser idealizado o projeto de Assuan Nova (ou Assuan Alta) e a nova represa seria construída também com recursos americanos e ingleses.
No entanto, em 1956, o Egito rompeu o acordo e, sem recursos para concluir as obras, nacionalizou o Canal de Suez com o objetivo de explorá-lo e obter os fundos necessários.
Isso não agradou Reino Unido, França e Israel, que atacaram o Egito e ocuparam o canal.
Depois de um longo embate, a ONU resolveu o problema.
Então, em 1958, a União Soviética ajudou o governo do Egito a construir a represa, participando com um terço dos recursos financeiros necessários, equipamentos e o conhecimento de técnicos especializados.
A construção começou em 11 de janeiro de 1960 e foi definitivamente concluída em 21 de julho de 1970.
Por essa parceria, há um Monumento Árabe-Soviético chamado “Amizade” (uma flor de Lótus) na represa.
Perigo para os monumentos no entorno do Rio Nilo
Durante a construção, arqueólogos começaram a levantar suas preocupações quanto a vários sítios históricos que estariam para ser inundados quando a represa ficasse operacional.
Afinal, ela originou o Lago Nasser (nome dado em homenagem ao Presidente que a elaborou: Gamal Abdel Nasser).
Com isso, a UNESCO iniciou uma operação de resgate de peças em 1960 e conseguiu preservar o meu templo amado: Abu Simbel.
Isso só foi possível com o remanejamento de 22 monumentos e complexos arquitetônicos para as margens do Lago Nasser.
Outros monumentos foram destinados a países que ajudaram com os trabalhos, como o Templo de Debod em Madri, o Templo de Taffeh em Leiden e o Templo de Dendur, em Nova Iorque.
No entanto, é claro que muitaaaaa coisa se perdeu com isso e problemas ambientais também ocorreram, né? (inclusive o fim do romantismo do Rio Nilo e suas cheias, começo do meu texto de hoje…).
Templo de Philae
Saindo da represa, fomos a um cais e de lá pegamos um mini barco para a Ilha de Philae, onde está localizado o Templo de Philae.
Esse templo é dedicado à deusa Ísis, deusa da feminilidade e da fertilidade e começou a ser construído durante a dinastia dos Ptolomeus, que governaram o Egito de 305 a 30 a.C..
Como esse grupo é relacionado aos gregos, o templo é repleto de elementos dessa cultura e também da egípcia.
Vou confessar que quando eu fui, eu nem sabia da existência desse templo.
Pode ser porque ele não é muito famoso e também porque se localiza bem afastado dos outros templos da rota turística.
O Templo de Philae é um local muito interessante e muito bonito, com diversas colunas e várias imagens esculpidas nas paredes.
No entanto, há algo triste nessa história: MUITAS dessas imagens estavam com os rostos e os corpos dos deuses e deusas depredados como se um machadinho os tivesse destruído.
A explicação dada pelo guia foi de que os cristãos combatiam o culto a todos os deuses e nada deveria lembrar esse passado.
Como o templo de Philae transformou-se em uma igreja, eles destruíram os desenhos na parede.
Uma pena!
Inclusive, incrustaram na parede vários desenhos da Cruz de Malta.
Livro inspirado no Templo de Philae
Para terminar, deixo uma dica aos que amantes da leitura: existe um livro muito interessante do Christian Jacq chamado “Filae, o último templo pagão”.
Esse livro é um romance que celebra a resistência deste templo frente ao Cristianismo.
Para quem não conhece, esse autor é Doutor em Egito Antigo e tem uma série de livros dedicada ao tema (Ramsés, Osíris, Tutankamon, etc). Vale a pena conferir.
Você conhece a Represa de Assuan? Já teve a oportunidade de visitá-la? Ou então, já foi à Vila dos Núbios? E o Templo de Philae? Já tinha ouvido falar dele? Tem mais alguma informação para complementar?
Então, escreva nos comentários!
Hoje fico por aqui!
Portanto, um super beijo e até a próxima,
Carolina
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- Visitando a Represa de Assuã e o Templo de Philae no Egito.
Além disso, para ler sobre Seguro Viagem, acesse o artigo Seguro Viagem e Assistência Viagem, qual a diferença entre eles?
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Respostas de 2
Nossa, eu me realizo demais lendo suas viagens… São sempre tão bacanas, seu texto é tão cheio de sentimento!!!
Uma delícia!
Que bom Ana Paula. Essa é a ideia!!!!! Claro, dar dicas para facilitar a vida de quem vai, mas também passar um sentimento do que foi vivenciado!!!!
Um super beijo amiga!
Carolina