Olááá! Tudo bem? Depois de uma espera de quase oito anos, eis que tive a oportunidade de participar da Corrida das Pontes do Recife em 2018.
A prova aconteceu no domingo passado e, é claro, que eu precisava falar sobre ela hoje.
Então, pegue o seu guarda-sol e seus óculos escuros e vem comigo para a Corrida das Pontes do Recife.
As pontes de Recife
Não é novidade para ninguém que Recife é conhecida como a Veneza Brasileira. Afinal, são vários rios e canais na cidade.
Sendo assim, para fazer jus ao nome, é lógico que Recife deveria ter uma porção de pontes para unir as suas diversas partes.
Na verdade, são 49 construções desse tipo, com estilos arquitetônicos diferentes.
Erguidas em épocas diferentes, algumas pontes são simples, outras mais suntuosas.
Algumas recebem títulos, como a de Maurício de Nassau considerada a mais antiga do Brasil.
Algumas estão sobre o rio Capibaribe, outras sobre o Beberibe.
A Corrida das Pontes do Recife 2018
A prova faz parte das comemorações do aniversário de 481 anos do Recife. Sete pontes compõem o percurso total da prova. São elas:
- do Limoeiro;
- Princesa Isabel;
- Buarque de Macedo;
- Maurício de Nassau;
- Duarte Coelho;
- Boa Vista;
- Giratória.
O evento contou com corridas de
- 10 km (passa por 7 pontes);
- 5,6 km (passa por 3 pontes);
- Crianças (Corrida das Pontinhas) (não passa por nenhuma ponte).
Como foi a Corrida das Pontes do Recife na minha visão…
O dia começou bem cedo e às 6h20 já estávamos no Marco Zero.
Pedi para o Uber nos deixar lá porque não sabia como estava a questão do trânsito.
Mesmo não sendo muito perto do local da largada (Forte do Brum), foi bom para tirar umas fotinhos, he he he.
Depois do book fotográfico, fomos caminhando até o forte, o que deu aproximadamente 1 km.
Estávamos nos dirigindo à estrutura da Nunage Running para encontrar nossa amiga Martha, quando ela nos viu no caminho.
Como assim conseguimos nos achar no meio da muvuca?
Sim, porque estava MUITO lotado o local.
Ficamos um tempo com o pessoal da Nunage Running.
Inclusive, gostaria de agradecer ao Nuno, o coach da equipe, pela atenção e pelas camisetas.
Serão muito utilizadas nos nossos treinos! Obrigada!
Hora de largar na Corrida das Pontes do Recife
A largada deu uma pequena atrasada, mas nada muito mortal.
Eu estava preocupada porque nosso voo tinha sido antecipado pela companhia aérea.
Com isso, teríamos que voar para o aeroporto. Mas nada que Martha não resolvesse…
Ela conseguiu uma carona para a gente com um amigo dela que passaria perto do nosso hotel.
Muito obrigada Martha e Chico!
Ponte do Limoeiro
Nem bem largamos e já passamos pela primeira ponte do percurso: a Ponte do Limoeiro.
Quando passei por ela, achei que ali tivesse existido alguma plantação de limões.
No entanto, ela possui esse nome porque ligava o Recife à cidade de Limoeiro.
Construída em 1881, ela era uma ponte férrea. No entanto,passou a ser rodoviária em 1966.
Hoje é feita de concreto armado e é a última ponte sobre o Rio Beberibe antes de sua confluência com o Rio Capibaribe.
Dela tem-se uma vista interessante das três ilhas do Recife: Recife, Santo Antônio e Boa Vista, além das colinas de Olinda.
Deixamos a Ponte do Limoeiro e seguimos pela Rua da Aurora com seus prédios históricos.
Fizemos um pequeno retorno e logo entramos na Avenida Mário Melo.
Gente! Ainda era sete e pouca da manhã, mas o sol estava torrante.
Rua do Hospício e eu já queria sombra. Socorro!!!!
Viramos para a Rua Princesa Isabel e demos de cara com um prédio lindo. Era a Faculdade de Direito do Recife.
Ponte Princesa Isabel
Seguimos até a Ponte Princesa Isabel.
Ela foi inaugurada em 1863, sendo a primeira ponte em ferro de Recife.
No entanto, em 1963, o ferro foi trocado por uma estrutura de concreto armado.
É a última ponte sobre o Rio Capibaribe antes do encontro com o Rio Beberibe.
Algumas pessoas a chamam de Ponte Santa Isabel. A confusão aparece porque essa ponte liga a Avenida Princesa Isabel ao Teatro Santa Isabel.
Confusões à parte, sendo Princesa ou sendo Santa, a ponte é linda e possibilita uma panorâmica incrível.
Passamos por mais um prédio bonito no caminho. Era o Liceu de Artes e Ofícios.
Em seguida, já chegamos à Praça da República. De um lado vimos o Palácio do Campo das Princesas e do outro o Palácio da Justiça.
Ponte Buarque de Macedo
Tudo muito rápido, pois já vinha outra ponte pela frente: a Ponte Buarque de Macedo.
Com 288,3 m, é a mais extensa do centro do Recife. Ela está sobre o Rio Capibaribe.
Passada a Ponte Buarque de Macedo, houve a separação dos corredores de 5,6 km com os de 10 km.
Continuamos até Marco Zero e, de lá, fomos à próxima ponte. A Ponte Maurício de Nassau. Essa ponte merece uma seção especial…
Ponte Maurício de Nassau
Considerada a primeira ponte de grande porte do Brasil, a Ponte Maurício de Nassau teve sua idealização em 1630.
Mudou de nome, foi destruída, teve que ser refeita várias vezes e abrigou um evento MUITO famoso: a história do boi voador.
O boi voador
O Conde de Nassau divulgou que faria um boi voar no dia da inauguração da ponte.
Quem quisesse ver isso, deveria pagar. A intenção era arrecadar uma boa grana, já que ele tinha investido dinheiro próprio na construção da ponte.
Como a galera era curiosa, o evento juntou um grande público.
O Conde de Nassau realmente fez o que prometeu.
No entanto, era lógico que um truque foi aplicado.
Usando cordas e roldanas, ele fez um boi empalhado passar de um lado da ponte para o outro.
Essa ponte é bem decorada com cinco estátuas ao todo.
Quatro deusas em pilares nas extremidades da ponte:
- Sabedoria (Atenas ou Minerva);
- Agricultura (Deméter-Ceres);
- Comércio (personificação feminina de Hermes ou Mércurio);
- Justiça(Têmis).
A quinta estátua está no meio da ponte. É a representação do poeta Joaquim Cardoso.
Essa escultura faz parte do Circuito da Poesia, um projeto que reúne pela cidade doze esculturas retratando poetas.
Voltando à Corrida das Pontes do Recife…
Deixamos a Ponte Maurício de Nassau e adentramos a Avenida Guararapes.
Um local que chamou a atenção próximo a essa avenida foi a Igreja Matriz de Santo Antônio.
Ponte Duarte Coelho
Mais uma ponte se aproximava. A Ponte Duarte Coelho.
No entanto, fiquei tão impressionada com a beleza da vizinha (Ponte da Boa Vista) que nem fotografei a Duarte Coelho, he he he…
A Ponte Duarte Coelho é também conhecia como ponte Maxambomba.
Durante o carnaval, ela serve de apoio ao Galo da Madrugada.
Ponte da Boa Vista
Mais um pedaço na Rua da Aurora e logo entramos na Ponte da Boa Vista. Ela teve uma construção “the flash”. Em apenas sete semanas ela já estava concluída.
Essa ponte possui quatro pilastras metálicas.
Em todas elas há o brasão imperial no alto e datas que sintetizam a história de Pernambuco e do Brasil.
Achei a mais bonita de todas as pontes do percurso da Corrida das Pontes do Recife.
Ainda faltava uma ponte no percurso. Mas, até chegarmos a ela, ainda passamos por alguns locais…
Outros locais vistos durante a Corrida das Pontes de Recife
Casa da Cultura. Um centro de comercialização de artesanato da cidade.
Era um presídio, que foi desativado em 1973. O artista plástico Francisco Brennand teve a ideia de transformar a antiga casa de detenção em centro de cultura e arte.
Museu do Trem do Recife. O local é considerado o primeiro do Brasil e o segundo do gênero da América Latina.
Igreja de São José. Tombada pelo Patrimônio Cultural do Estado de Pernambuco.
Forte de São Tiago das Cinco Pontas ou, simplesmente, Forte das Cinco Pontas.
Foi construído em 1630, durante a ocupação holandesa nas áreas que hoje abrigam as cidades de Recife e Olinda.
O nome é derivado de sua forma pentagonal. Abriga o Museu da Cidade de Recife.
Ponte 12 de Setembro
Finalmente, a última ponte da Corrida das Pontes do Recife… Ponte 12 de Setembro, a antiga Ponte Giratória.
Esse nome é porque ela possuía um mecanismo que girava e permitia a navegação no Rio Capibaribe.
Em 1971, foi substituída por uma estrutura fixa, ou seja, agora ela não gira mais.
Marco Zero
Passamos novamente perto do Marco Zero e seguimos até a chegada.
Não sem antes passar em mais uma escultura: O Leão de Nuca.
A escultura de sete metros foi para o bairro de Recife para dar as boas-vindas aos que chegavam à cidade.
Ele foi feito por Mestre Nuca que tinha por características fazer leões com jubas encaracoladas. O motivo? Homenagem aos cabelos de sua esposa.
Será que era só pelo cabelo ou ela era brava como um leão também? Fiquei com essa dúvida!
Terminada a prova, fomos buscar a medalha e o kit lanche.
Isso que achei um ponto negativo. Muita gente, muita fila e poucos locais para entrega.
De lá, seguimos novamente para a estrutura da Nunage Running.
Ficamos conversando até a hora de pegar nossa carona de volta ao hotel.
Mais uma vez, obrigada a Martha, Nuno e Chico por tudo!
Bom, acho que hoje falei demais, né?
E aí? Já fez a Corrida das Pontes do Recife? O que achou dessa prova? Escreva aqui nos comentários… Vou adorar saber…
Até domingo! E com uma novidade, he he he…
Um super beijo,
Carolina
Aproveite e assista ao vídeo da Corrida das Pontes do Recife…
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Respostas de 4
Oi, Carol… Sempre ouvi falar da Corrida das Pontes do Recife, mas nunca me ative aos detalhes. Pensei até que fosse bem mais extensa do que 10 km. Agora sei tudo, pois acabo de corrê-la contigo neste post… Vou até beber uma água! Parabéns!!
Ha ha ha ha, adorei Bira!!!! Mesmo sendo de 10 km, vale a pena ir até lá para participar! É muita história concentrada em um percurso!!!!!
Muito obrigada!
Super beijo,
Carolina
Parabéns!! Você realmente correu pelas pontes do Recife com a sua narrativa.
OLááá!!! Que pena que você não se identificou, mas muito obrigada pelo comentário! Era uma corrida que há tempos queria fazer, pois eu sabia que tinha muita história envolvida!
Até a próxima!
Abraços,
Carolina