Olááá, tudo bem? Hoje vamos falar sobre as Esculturas do Paredão de Orleans.
Tive a oportunidade de conhecê-las quando fui participar da Rio do Rastro Marathon (ficavam bem pertinho da entrega de kits) e achei muito interessante.
Então, vamos lá?
Achei muito curioso o nome da cidade quando estava planejando a viagem para a Rio do Rastro Marathon.
Depois, entendi que o nome é em homenagem ao Conde D’Eu, Gastão de Orléans…
Na verdade, as terras onde hoje está Orleans fizeram parte do dote da princesa Isabel em virtude de seu casamento em 1864.
No entanto, a cidade foi oficialmente criada alguns anos depois (1913).
É lá que está uma obra de arte muito peculiar…
O Paredão de Orleans foi aberto nos anos de 1880 para dar passagem a Estrada de Ferro Dona Thereza Christina.
Ele é, inclusive, o Marco Zero da Coluna White (falei sobre ela no artigo sobre a Rio do Rastro Marathon. Vou deixar o link no final deste artigo).
Por conta de uma enchente, a estrada de ferro foi desativada em 1974.
Três anos depois, um pedreiro e pintor da cidade, José Fernandes, apresentou uma ideia de esculpir nas rochas do paredão.
E assim foi feito: as obras começaram em 1980 e foram até 1989.
No entanto, por problemas de financiamento, das 26 esculturas previstas, apenas 9 foram realmente feitas, ocupando 170 metros quadrados.
As Esculturas do Paredão de Orleans trazem a representação de dois momentos da história do Brasil e de sete passagens bíblicas.
Os painéis que não foram esculpidos contemplariam outras cenas sacras, da Família Imperial, da Colonização e da Abolição da Escravatura.
Portanto, as Esculturas do Paredão que podemos ver são:
Duas caravelas, figura de indígena, personagens portugueses, arca, altar, cruz e Frei Henrique de Coimbra na celebração da missa.
Padre Anchieta catequizando os índios e uma cruz.
Adão, Eva e o Pai Eterno ao alto
Abraão, Isaac, um anjo, um cordeiro e o altar de sacrifício de Abraão.
Moisés conduzindo seu povo, após a travessia do mar vermelho, em segundo plano os soldados do Faraó, cavalos, escudos e armas.
Transporte da Arca da Aliança pelos sacerdotes, Rei Salomão de joelho diante do templo.
Os dois últimos profetas, Isaias e Malaquias, período de transição para o novo testamento.
O anjo anunciando a Maria “fruto do vosso ventre Jesus”.
Representação do nascimento do menino Jesus.
Como disse, as Esculturas do Paredão de Orleans são obra de um escultor da cidade de Orleans chamado José Fernandes.
Entretanto, ele é mais conhecido por Zé Diabo.
Bem paradoxal, né? Esculturas bíblicas e o artista chama Zé Diabo.
No entanto, há uma explicação para isso.
José Fernandes nasceu em 1930 e começou sua vida profissional como cortador de pedras, mas também realizava serviços de pintura.
Então, foi convidado a estampar na fachada de uma igreja no distrito de Invernada.
Ele, simplesmente, representou um fictício embate entre Arcanjo Miguel (bem) e Satanás (mal).
O artista chocou muitas pessoas, mas foi ali que ele passou a ser chamado de Zé Diabo.
Na verdade, Zé do Diabo. Mas com o tempo, tornou-se o Zé Diabo.
Mesmo com esse paradoxo, digamos assim, ele pintou várias igrejas em Orleans e região.
Zé Diabo morreu aos 87 anos em 21 de agosto de 2017.
As Esculturas do Paredão podem ser vistas nas margens do Rio Tubarão na Rua Ethienne Stawiarski.
A visitação é gratuita e não tem horário definido de funcionamento.
É só chegar e apreciar.
Você já conhecia as Esculturas do Paredão de Orleans?
Além disso, tem mais alguma informação para complementar?
Então, aproveite e escreva nos comentários.
Sendo assim, hoje fico por aqui!
Portanto, um super beijo e até a próxima,
Carolina
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