Olááá! Tudo bem? Hoje falaremos sobre a Maratona de Niterói!
Participar de uma maratona é sempre um desafio, mas a 14ª maratona da minha vida, a Maratona de Niterói, foi especial por várias razões.
Realizada no dia 1º de setembro de 2024, esta corrida trouxe não apenas o desafio físico, mas também um intenso teste mental e emocional, pois eu estava me recuperando de uma lesão no tornozelo.
Mesmo após respeitar o tempo de tratamento, ainda sentia alguns incômodos, o que me fez enfrentar a prova com um misto de medo e determinação.
Além disso, o ciclo para a maratona foi diferente de todos os outros, já que fiquei bastante tempo parada.
Com isso, o máximo que tinha alcançado tinha sido 21 km em uma prova em agosto. Ou seja, dúvidas, dúvidas e mais dúvidas…
Preparativos e logística
A entrega dos kits ocorreu nos dois dias anteriores à prova, na Praça do Povo, o início do Caminho Niemeyer.
Fomos buscar o kit no sábado à tarde e foi um processo bem em paz.
Aproveitamos para fazer a doação que havia sido pedida para a Associação de Pescadores e Amigos da Lagoa de Piratininga e para Associação de Fibrose Cística do RJ (ACAM-RJ).
Para garantir uma logística mais tranquila no dia da corrida, optamos por nos hospedar em um hotel próximo à largada.
Essa escolha se mostrou acertada, especialmente porque a largada dos 42 km estava marcada para as 5h30 da manhã.
Como não tínhamos a certeza de que haveria café da manhã mais cedo para os corredores (escrevi perguntando, mas não recebi resposta), por precaução, levamos nossos próprios itens de café da manhã, como café, banana, geleia e pão.
No entanto, o hotel ofereceu o café da manhã mais cedo para os corredores, o que foi ótimo.
Tomei um café quentinho e comi uma banana com mel e canela.
Mesmo assim, não arrisquei e comi meu pão com minha geleia já conhecida…
Dica Viajar correndo…
Se você está planejando participar de uma corrida em Niterói, recomendo reservar uma hospedagem próxima ao ponto de largada. Isso pode fazer toda a diferença no seu desempenho. Confira Onde ficar em Niterói. Vou deixar o link no final deste artigo…
Uma mensagem divina antes da largada
No dia da prova, o clima de expectativa pairava no ar.
Acordei 4 horas e, enquanto estava me preparando para tomar banho, ouvi uma música alta que vinha do outro quarto.
Pensei…
Nossa, que pessoa mal educada colocando música alta às 4h da manhã…
Foi aí que escutei uma parte da música: “Não dá mais pra voltar. O barco está em alto mar”.
Bom, eu acredito nas mensagens enviadas através de músicas, sejam elas de quais ritmos forem, e estar quase largando para uma maratona cheia de dúvidas, realmente “não daria mais para voltar”.
Portanto, poderia ser bom procurar a letra dessa música para saber qual era e o que dizia…
E lá fui eu descobrir que era uma canção religiosa chamada “Não dá mais pra voltar” de Jonas Abib.
(…)
Não dá nem mais pra ver
O porto que era seguro
Eu sou impulsionado
A desbravar um novo mundoNão dá mais pra negar
O mar é Deus e o barco sou eu
E o vento forte que me leva pra frente
É o amor de Deus.(…)
Bom, agradeci e nem preciso dizer que o mantra da prova foi “E o vento forte que me leva pra frente é o amor de Deus”, né?
Hora de sair do hotel para a largada com o coração um pouco mais em paz…
A largada e o percurso da Maratona de Niterói
A largada para os 42 km foi às 5h30, seguida pela largada dos 15 km às 6h, dos 6 km às 6h15 e, finalmente, a caminhada de 2,5 km às 6h30.
A energia entre os corredores era contagiante, e eu estava determinada a dar o meu melhor, mesmo com as incertezas sobre o meu tornozelo.
O percurso da maratona foi ótimo e lindo.
Na verdade, a gente já sabe que Niterói é uma cidade rica em paisagens lindas, mas esta maratona proporcionou a oportunidade de descobrir lugares que eu ainda não conhecia.
Então, fomos pelo trajeto já conhecido beirando a Baía de Guanabara até chegarmos a Icaraí e subirmos pela Estrada Fróis.
Depois veio São Francisco e Charitas (onde havia um posto de troca para quem estava fazendo os 42 km em quarteto).
A próxima “atração” era o Túnel Charitas-Cafubá.
Achei legal, porque, desta vez, não entramos no Túnel pela rotatória, como foi na Corrida do Túnel.
Por isso, passamos em frente à estação das barcas de Charitas e seguimos até o retorno do ônibus BHLS.
Aí sim, pegamos o Túnel Charitas-Cafubá para chegarmos a Piratininga.
Enfim, conhecerei Piratininga…
Para mim, a Praia de Piratininga e a Lagoa de Piratininga foram as principais surpresas do percurso.
Aliás, a vista da Praia de Piratininga com a Pedra da Gávea, o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar ao fundo, além de algumas ilhas, foi espetacular.
No final da praia havia mais um posto de troca (para dupla e quarteto).
Era hora de “voltar para casa” beirando a Lagoa de Piratininga.
Estava vendo os pássaros e os pescadores na Lagoa, quando me deparei com uma visão linda…
Na verdade, uma imagem que ficará marcada na minha memória.
O Cristo e o Pão de Açúcar juntos entre um vão na montanha…
Ainda bem que tinha um fotógrafo da Dream Niterói em um ponto estratégico!
Aí foi seguir todo o trajeto de volta… Mas, desta vez, sem nenhum vídeo registrado…
Isso porque a câmera não ligava de jeito nenhum… Pensei:
Bom, vou trocar a bateria (eu tinha levado mais duas).
Acontece que a câmera não ligava, porque a bateria tinha inchado. Pode ser por velhice, pode ser pelo calor, não sei…
O que sei é que não consegui tirar a bateria da câmera para trocar (só com um alicate em casa, aff).
Pelo menos, a ida e a parte que foi novidade em Niterói ficaram registradas… Vamos ver pelo lado positivo…
Desafios e estratégias durante a Maratona de Niterói
Decidi correr a Maratona de Niterói com uma mochila.
Não pela necessidade de hidratação, mas para carregar minha pistola de massagem e um spray anti-inflamatório.
Embora não tenha usado o spray, a pistola de massagem foi essencial em três momentos importantes da prova: em Piratininga, para aliviar a lombar; em Charitas, para aliviar as costas, pescoço e ombros; e, na subida do MAC (Museu de Arte Contemporânea), novamente para a lombar.
O curioso é que utilizei a pistola tanto em Piratininga quanto em Charitas enquanto corria, algo inusitado, mas que funcionou muito bem.
Na subida do MAC consegui fazer enquanto caminhava, pois ali foi uma escolha subir andando.
Na verdade, apesar das preocupações com o tornozelo, consegui correr praticamente toda a prova.
Apenas me permiti andar em dois momentos: na subida do MAC, já na volta (como disse), e para aproveitar a sombra do Bay Market, quase na chegada. Ali eu precisava me recompor após um trecho de sol forte e intenso.
Além disso, andei alguns metros em Piratininga e em Icaraí para beber uma Coca-Cola gelada – um pequeno prazer que faz toda a diferença durante uma maratona, hehehehe.
Hidratação e organização da Maratona
Um dos pontos mais positivos da Maratona de Niterói foi a excelente organização dos postos de hidratação.
Ao longo do percurso, encontrei vários pontos de hidratação, e, na maioria deles, a água estava geladíssima.
Havia postos com isotônicos também e, nas duas transições, a gente também recebeu gel de carboidrato.
Eu vi um posto com paçoca (amo), mas tinha levado a minha. Então, nem peguei.
E dois postos tinham Coca-Cola, o que dispensa comentários (o tanto que eu amo uma Coca-Cola em corridas longas).
A chegada da Maratona de Niterói
O percurso da descida do MAC até as barcas foi feito embaixo de um sol atroz.
Pensei:
Vou caminhar um pouco na sombra do Bay Market para me restabelecer antes de chegar.
Então, vi Otávio…
Bom, vou correr mais um pouco, hahahaha.
Depois que passei Otávio, pensei:
Agora posso andar.
Eis que ele veio atrás de mim, hahahahaha.
No entanto, eu precisava mesmo caminhar na sombra.
Sendo assim, fomos caminhando por um trecho.
Aí ele me pede para deixar uma mensagem sobre a prova.
Isso me emocionou de uma tal forma, porque eu só pensava no “E o vento forte que me leva pra frente é o amor de Deus”. Mas eu não tive estrutura para falar…
Portanto, essa foi a mensagem da prova!
Quando a sombra acabou, era hora de voltar a correr para chegar.
E cheguei muito feliz, realizada por essa conquista, mas, principalmente, por o tornozelo não se manifestar em nenhum momento.
Estava tocando Livin’ on a Prayer, do Bon Jovi…
(…)
Oh, we’ve gotta hold on, ready or not – Oh, temos que aguentar, prontos ou não.
You live for the fight when that’s all that you’ve got – Você vive para a luta quando isso é tudo que você tem.
Whoa, we’re half way there – Uau, estamos na metade do caminho.
Whoa oh, livin’ on a prayer – Whoa oh, vivendo em uma oração.
Take my hand and we’ll make it, I swear – Pegue minha mão e vamos conseguir, eu juro.(…)
A chegada da Maratona de Niterói foi a metade do caminho (we’re half way there) do meu próximo desafio.
E ter participado dela de maneira tão perfeita me dá uma tranquilidade de que vamos conseguir (we’ll make it, I swear).
Fiz um vídeo mostrando um pouco sobre essa experiência… Para conferir, é só assistir:
Recuperação pós-prova
Como disse, corri toda a maratona sem sentir incômodos significativos no tornozelo, mas permaneci atenta a ele o tempo todo.
Essa preocupação constante acabou gerando um grande cansaço mental, e, após cruzar a linha de chegada, tudo o que eu queria era voltar ao hotel, tomar um banho e descansar.
Usei a pistola de massagem nas barcas para soltar as pernas e, ao chegar a casa, apaguei de cansaço.
O mais surpreendente foi o dia seguinte.
Acordei sem dor no tornozelo, algo inédito, pois ele sempre acordava “congelado” e tinha que fazer algumas manobras antes de levantar.
Não senti dor nas pernas, mas as costas e os ombros estavam mais cansados do que o normal.
Essa foi uma sensação diferente das outras maratonas que já participei.
Finalizando…
Participar da Maratona de Niterói foi uma experiência incrível.
A superação dos desafios físicos e mentais, combinada com as paisagens deslumbrantes de Niterói, fizeram dessa maratona uma das mais especiais da minha vida de corredora.
A recuperação razoavelmente rápida e a ausência de dor no tornozelo no dia seguinte me deram uma confiança renovada para continuar treinando para o próximo desafio.
Muito obrigada, Maratona de Niterói por me proporcionar isso!!
Você participou da Maratona de Niterói também? Como foi sua experiência? Ademais, tem mais alguma informação para complementar?
Então, escreva nos comentários e vamos continuar esta conversa…
Vou aguardar seu comentário, mas hoje eu fico por aqui!
Portanto, um super beijo e até a próxima.
Carolina
Gostaria de frisar que recebi duas inscrições para participar da Maratona de Niterói 2024, mas que todas as informações compartilhadas aqui refletem minha experiência real e pessoal durante a prova.
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