Olááá! Tudo bem? Hoje falaremos sobre a arte no metrô de Lisboa.
Afinal, se você pensa que o metrô em Lisboa é apenas um meio de transporte, prepare-se para mudar de ideia!
Isso porque na capital portuguesa, cada estação é uma verdadeira galeria subterrânea, onde a história, a cultura e a arte se encontram.
Com murais incríveis, esculturas e painéis azulejados que transformam cada estação em uma experiência visual única, o metrô de Lisboa é um espaço onde a arte ganha vida.
Portanto, vamos embarcar nessa jornada e explorar as estações mais impressionantes?

Os azulejos em Portugal e a arte no metrô de Lisboa
O azulejo é, em Portugal, uma forma de arte.
Ele é usado desde o século XVI em revestimentos de igrejas e palácios.
Além disso, a partir do século XlX, passou a decorar também as fachadas dos prédios comuns.
Essa mesma proposta foi usada para decorar as primeiras estações do metrô de Lisboa.
Desde a inauguração em 1959, o metrô de Lisboa tem sido palco de diversas intervenções artísticas, contando com a contribuição de renomados artistas portugueses e, até mesmo, internacionais.

Azulejos, murais e esculturas transformam as estações em um museu a céu (ou melhor, a solo) aberto.
Por isso, se você estiver explorando Lisboa, vale a pena prestar atenção. independentemente da estação em que você estiver.
Afinal, elas sempre contam uma história e se destacam pela beleza e originalidade.
Entretanto, selecionei algumas pelas quais passei e que me chamaram atenção.
Então, vamos juntos conhecê-las…

Estações do metrô no Lisboa imperdíveis para os amantes de arte
Estação Aeroporto – Caricaturas de portugueses ilustres
Quando você chega a Lisboa e vai para o seu hotel usando o metrô, você já é impactado pela arte no metrô de Lisboa.
A estação Aeroporto dá boas-vindas aos visitantes com caricaturas de figuras icônicas da cultura portuguesa, como Amália Rodrigues. Fernando Pessoa e José Saramago, por exemplo.

Essas caricaturas foram criadas por António Antunes.
São 50 figuras em 49 painéis dispersos pela estação representando a história moderna de Portugal.
Tem, inclusive, o corredor Carlos Alberto de Sousa Lopes, campeão olímpico português, um dos melhores da sua geração e uma referência mundial do atletismo de longa distância.

Localização: Linha Vermelha.
Estação Parque – Homenagem aos Descobrimentos
Uma outra estação que é um verdadeiro mergulho na história de Portugal.
Projetada por Maria Keil, uma das pioneiras na introdução da arte no metrô de Lisboa, a Estação Parque possui como tema central a Era dos Descobrimentos.

Isso porque seus painéis de azulejos azuis, verdes e brancos remetem às viagens marítimas.

São mapas, textos e imagens falando sobre o mar e as navegações durante a época da Expansão Portuguesa.
É interessante, porque à medida que vamos descendo as escadas parece que estamos descendo para o fundo do mar.
Uma parte que chama atenção é a obra de Françoise Schein que destaca a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Localização: Linha Azul.
Estação Olaias – Um espetáculo de cores
Considerada uma das mais belas estações do mundo pela CNN americana.
Oferece um espetáculo de cores vibrantes, estruturas geométricas e iluminação que dá um ar futurista ao local.
Além disso, projetada pelo arquiteto Tomás Taveira, a estação impressiona com seus vitrais e colunas imponentes.
Localização: Linha Vermelha.
Estação Oriente – Modernidade e grandiosidade
Ainda dentro de uma estrutura futurista, temos a Estação Oriente com seus amplos espaços e teto de vidro.
A inspiração surgiu da Expo ’98 que tinha como tema “Os oceanos”.

Parte do Parque das Nações, essa estação foi projetada pelo arquiteto Santiago Calatrava, o mesmo do Museu do Amanhã no Rio de Janeiro, e abriga obra de 11 artistas escolhidos nos cinco continentes.
Os nomes expressivos são: Joaquim Rodrigo (Portugal), Hundertwasser (Áustria), Yayoi-Kusama (Japão), Raza (Índia), Errö (Islândia), Abdoulaye Konaté (Mali), Zao Wou Ki (China), António Ségui (Argentina), Arthur Boyd (Austrália), Sean Scully (Irlanda) eMagdalena Abakanowicz (Polónia).

Localização: Linha Vermelha.

Estação Restauradores – Um toque clássico e elegante
Foi aqui que aconteceu a cerimônia oficial de inauguração do metrô de Lisboa, em dezembro de 1959.
A estação é decorada com painéis de azulejos azuis e brancos que retratam cenas da história de Portugal.
Assim que chegamos às plataformas, vemos um símbolo bem local: a calçada portuguesa revestindo o piso.
Nas paredes das plataformas, encontram-se uma série de painéis de Nadir Afonso.

Eles fazem uma homenagem para seis metrópoles: Madri, Paris, Londres, Nova York, Moscou e Rio de Janeiro.

Aliás, esse não é o único lugar que está relacionado ao Brasil por aqui.
Do lado de fora das catracas da estação Restauradores há um painel chamado “Brasil-Portugal: 500 anos – A chegança”, do artista brasileiro Luiz Ventura.

Ele representa o encontro de duas culturas tão diferentes.
Interessante que esse painel é uma troca com a obra “As vias da Água” e “As vias do Céu”, de David de Almeida, oferecida para a estação Conceição do Metrô de São Paulo.
Localização: Linha Azul.
Colégio Militar – uma homenagem aos ladrilhos portugueses
Na estação Colégio Militar, a arte é extremamente clássica ao representar os tradicionais azulejos portugueses azuis e brancos.

A obra é do artista Manuel Cargaleiro.
O interessante, além de toda a beleza da obra, é que essa estação está justamente na Linha Azul.
Será que foi de propósito? Hehehe…
Marquês de Pombal
A estação Marquês de Pombal é uma das onze estações originais de 1959.

O escultor João Cutileiro colocou, no espaço que separa os trilhos, a figura do Marquês de Pombal representado com o seu atributo mais identificativo: os cabelos.
Mais um dado interessante é que ele está sempre de costas.
Isso gera um ar enigmático para a obra.

Localização: Linha Azul e Linha Amarela.
Laranjeiras
Na estação Laranjeiras houve uma interpretação literal do nome da estação.
Ali havia uma área com várias plantações de laranjas.
Então, a estação Laranjeiras é decorada com azulejos repleto de imagens de laranjas.

Localização: Linha Azul.
Jardim Zoológico
Essa estação está próxima ao Jardim Zoológico.
Logo, o artista que a decorou (Júlio Resende) não teve dúvidas: criou um desfile de animais, como se tivessem sido “soltos” pela estação.
Isso gerou um ambiente alegre e colorido.

Ademais, o piso em pedras portuguesas também seguiu a mesma dinâmica.
A parte preta representa cobras em movimento.
Localização: Linha Azul.
Olivais
Seguindo a mesma ideia das estações anteriores, Olivais segue a ideia de suas características: um local onde havia diversas oliveiras.
Com isso, temos uma imagem de Nossa Senhora de Fátima sobre um olival e uma imagem representando um equipamento de prensa de azeitonas (para extrair o azeite).

Ademais, há referências à viagem de Vasco da Gama.

Localização: Linha Vermelha.
Estação Rato
Para homenagear dois artistas (Arpad Szènés e Vieira da Silva), a estação Rato foi decorada com azulejos que reproduzem os painéis “Banquet” e “Ville em Extension” (desses dois artistas, respectivamente).

Quem transpôs para azulejo essas obras foi Manuel Cargaleiro.
Localização: Linha Amarela.
Quer saber como usar o metro e ver todas essas obras das estações mais bonitas de Lisboa? Então, confira o vídeo do Viajar correndo sobre o tema.
Faça um tour pela arte no metrô de Lisboa!
Se você tem tempo sobrando em Lisboa, uma dica interessante é explorar o metrô de forma intencional.
Como assim? Parando nas estações mais bonitas para apreciar a arte.
Se você só explorar a parte interna, sem passar pela catraca nem será preciso pagar outra passagem.
No entanto, vale lembrar que, se sair e entrar novamente, se o seu bilhete foi o unitário ou zapping vai ser necessário pagar uma nova passagem.
Então, confira as regras antes de embarcar nessa aventura artística.
Caso queira sair para explorar o entorno das estações e/ou alguma arte do lado de fora, a melhor opção é comprar um bilhete com validade de 24 horas.
Isso porque o passe diário permite viagens ilimitadas e é uma excelente opção para quem deseja explorar as estações com calma.

Sprint final sobre a arte no metrô de Lisboa
A arte no metrô de Lisboa transforma cada trajeto em uma experiência única, onde cultura e mobilidade se encontram de forma surpreendente.
Qual dessas estações chamou mais a sua atenção? Já teve a oportunidade de visitar alguma delas?
Além disso, tem mais alguma informação para complementar?
Então, escreva nos comentários e vamos continuar esta conversa.
Vou aguardar a sua mensagem, mas hoje eu fico por aqui.
Portanto, um super beijo e até a próxima!
Carolina

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