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Monumento aos Pracinhas, um velho conhecido dos corredores no RJ

Monumento aos Pracinhas, um velho conhecido dos corredores no RJ

Olááá! Tudo bem? Hoje venho apresentar o Monumento Nacional dos Mortos da Segunda Guerra Mundial (Monumento aos Pracinhas), um local que tenho certeza de que a maioria dos corredores do Rio de Janeiro conhece.

Além disso, alguns corredores de fora também devem conhecer.

Você já entrou nesse ambiente para conhecer? Não? Então, vamos juntos…

A Corrida e o Monumento aos Pracinhas

O Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM) é vulgarmente conhecido como Monumento aos Pracinhas

Ele está localizado no Aterro do Flamengo, entre o Museu de Arte Moderna (MAM) e a Marina da Gloria.

Há diversas corridas que têm sua largada na pista em frente ao Monumento aos Pracinhas.

Por isso, os corredores estão sempre por ali nas escadarias, entram para beber água ou se protegem do sol (ou da chuva). 

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

No entanto, muitas dessas pessoas nunca se interessaram em entrar para conhecer o espaço (ou nem mesmo sabiam que isso era possível).

A boa notícia é que há a possibilidade de visitação nesse espaço.

É sobre isso que falarei hoje. Mas, antes, um pouco de história…

Um pouco de História sobre o fim da 2ª Guerra Mundial

Decidi colocar o post no dia de hoje (7/5) porque amanhã é um dia que está relacionado ao Monumento aos Pracinhas

Na verdade, o dia 8 de maio de 1945 entrou na história mundial como a data da vitória dos aliados sobre a Alemanha Nazista, pondo fim à Segunda Guerra Mundial na Europa. 

Esse dia ficou conhecido como VE-day (o Dia da Vitória) em analogia ao D-day (o Dia D, quando houve o desembarque das tropas na Normandia, França, em 6 de junho de 1944).

A assinatura da rendição dos alemães aconteceu mesmo no dia 7 de maio de 1945.

No entanto, o tratado impunha o fim das agressões apenas no dia seguinte.

Dessa forma, o dia 8 de maio tornou-se a data-símbolo da vitória sobre a Alemanha Nazista.

Acontece que Joseph Stalin decidiu impor uma nova assinatura do ato de capitulação no dia 8 de maio. 

Sendo assim, os representantes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e da União Soviética se encontraram em Berlim pouco antes da meia-noite para a assinatura da rendição.

Só que em Moscou já era dia 9 de maio. 

Isso explica o motivo de os russos e de os aliados orientais comemorarem no dia 9 de maio o Dia da Vitória. Detalhes, né?

Mesmo com esse ato assinado, o Japão continuou a combater os exércitos aliados na frente de batalha no Pacífico. 

Ele só foi mesmo se render após o lançamento das duas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki.

Com isso, o governo japonês assinou a sua capitulação em 2 de setembro, pondo fim, de fato, à Segunda Guerra Mundial.

O Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial

O Monumento aos Pracinhas foi inaugurado em 5 de Agosto de 1960.

Sua função é abrigar os restos mortais de 467 militares mortos durante a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. 

Além disso, funciona como uma prestação de homenagem a esses 467 soldados que perderam suas vidas em combate.

Ele é composto por um Patamar e uma Plataforma e neles são encontrados:

  • Túmulo do Soldado Desconhecido;
  • Pórtico Monumental;
  • Escultura Metálica;
  • Grupo Escultórico;
  • Pirâmide;
  • Museu;
  • Jardim Interior;
  • Lago;
  • Mastros;
  • Painéis de Cerâmica;
  • Mausoléu;
  • Hall Marechal Mascarenhas de Moraes.

Os cinco primeiros estão localizados na Plataforma enquanto que os outros estão no Patamar e no subsolo.

Vamos conhecer cada um agora…

O que ver na Plataforma?

O Pórtico Monumental são as duas colunas (31 metros) e uma placa sobreposta (220 metros quadrados). 

Elas simbolizam dois braços levantados com as mãos abertas, pedindo graças aos céus.

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

Entre as duas colunas do Pórtico Monumental estão os restos mortais de um soldado. Ele foi morto na Itália, mas não foi identificado.

É o Túmulo do Soldado Desconhecido

Há uma pira permanentemente acesa com a seguinte frase: “O Brasil, ao seu soldado desconhecido”.

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

A Escultura Metálica é uma homenagem à Força Aérea Brasileira (FAB). 

As formas geométricas e o espaço se completam representado o símbolo da aviação. Isso pode ser notado quando olhamos de baixo essa escultura.

A estrutura parece estar voando no céu, o cenário obrigatório da ação aérea.

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

Já o Grupo Escultórico é uma homenagem às três Forças Armadas.

Há a representação de um marinheiro, de um soldado e de um aviador.

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

A Pirâmide é uma homenagem à comissão de repatriamento dos mortos e às empresas que participaram da execução do monumento.

O que ver no Patamar?

Saindo da Plataforma, vamos os componentes do Patamar.

O Museu tem a forma de quadrado e é fechado por painéis de vidro. 

No seu interior, há vitrines para exposição de acervo composto por coleções de armaria, indumentária, condecorações, fotografias de campanha da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália e um painel em afresco.

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro
Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

O Jardim Interior fornece um roteiro estilizado da Campanha da FEB na Itália.

São duas muretas na cor azul, que simbolizam os rios Serchio e Reno, locais de atuação da FEB por muito tempo

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

Ao lado, estão oito triângulos de granito com os nomes dos principais combates travados no Teatro de Operações.

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

Também aparecem os emblemas da Força Aérea Brasileira (Senta a Pua), do Exército (Cobra Fumando) e da Marinha (Âncora).

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

O Lago é constituído por quatro espelhos de água com o objetivo de amenizar a temperatura do Mausoléu. 

Ele busca exprimir o reflexo de calmaria que suas águas transmitem.

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

Em um dos Mastros está permanentemente hasteada a Bandeira Nacional.

Outra info interessante é que em dias de solenidades, também são hasteadas as bandeiras Norte-Americana, Francesa e da Grã-Bretanha.

Também há dois Painéis de Cerâmica.

Eles possuem formas, figuras, símbolos e atividades ligadas ao mar. 

Sendo assim, foram evitados episódios bélicos ou fatos relacionados para dar um sentido mais amplo à homenagem.

O que ver no subsolo

O Mausoléu está no subsolo e seu acesso é feito por uma escada. 

São três fileiras de colunas de concreto aparente.

Em uma delas estão situados os jazigos.

Como nos treze primeiros jazigos foram sepultados os militares não identificados, há a seguinte frase gravada: 

“Aqui jaz um herói da FEB, Deus sabe o seu nome”.

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

Há um painel no lado oposto aos jazigos com os nomes dos mortos da Marinha Mercante, da Marinha de Guerra, do Exército Brasileiro, por torpedeamento e não identificados da campanha da Itália. 

Para finalizar, no Hall “Marechal Mascarenhas de Moraes” é encontrado um mapa mural contendo dados da participação brasileira na 2ª Guerra Mundial. 

Além disso, há um painel mostrando o roteiro da Força Expedicionária Brasileira, desde sua chegada a Nápoles até a junção com as forças francesas em Tusa, após o término da Guerra.

Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro

Informações importantes sobre o Monumento aos Pracinhas

O MNMSGM funciona de terça-feira a domingo das 9h às 17h.

A entrada é franca.

Além disso, o estacionamento (ao lado do MNMSGM) é gratuito.

O endereço do MNMSGM é Av. Infante Dom Henrique 75.

Também há a possibilidade de visitas mediadas para Grupos.

No entanto, é necessário agendar pelo telefone (21) 2240-1283.

Todo primeiro domingo de junho, agosto e outubro acontece a cerimônia de rendição de guarda (Festiva) entre as três forças armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica.

Portanto, programe-se, caso queira ver esse momento de rendição de guarda.

Já adianto que vale a pena!

E aí, você já visitou o Monumento aos Pracinhas? O que achou? Tem mais alguma informação para complementar?

Então, conte aqui nos comentários. Vou adorar saber…

Hoje fico por aqui!

Portanto, um super beijo e até a próxima!

Carolina

Uma corrida muito tradicional que passa pelo Monumentos aos Pracinhas é a Corrida de São Sebastião… Dá uma conferida no vídeo abaixo…

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Respostas de 18

    1. Pois é Vivi! Quando eu ia a TODAS as corridas da cidade, estava todo domingo por lá, mas nunca tinha entrado e tals.
      Beijos
      Carolina

  1. Sou do Rio, conheço o Monumento! Mas confesso que das vezes que estive lá, todas foram a passeio, não porque estava correndo rs

    1. He he he he, sim Adriana. Eu coloquei esse título porque o blog tem essa linha de corrida e viagem. Então, é para atrair os corredores para a leitura, he he he…
      Abraços,
      Carolina

  2. Que legal. E que interessante também. Post cheio de história. Amei!
    Já estive duas vezes no Rio e em nenhuma delas tive a oportunidade de conhecer o monumento aos pracinhas (justa homenagem). Na próxima não vou perder!
    Beijos

  3. Que demais esse post, não conhecia o monumento. Uma pena que estudamos tão pouco sobre o assunto né? A cidade que estou morando aqui na Italia, Parma, foi libertada pelos pracinhas brasileiros. Conto pra todo italiano que encontro. rs
    Quando voltar pro Rio irei visitar o monumento com certeza 🙂

    1. Ah Fernanda, que máximo! Tem que falar mesmo, he he he…
      Quando voltar ao Rio, não deixe mesmo de ir. Nem demora muito a visita! Então, dá para encaixar no roteiro.
      Beijos
      Carolina

  4. Não conhecia esse monumento! Acho importante essas iniciativas, até para lembrar sobre fatos importantes, para que não se repitam.. Adorei seu relato super detalhado!

  5. Que dica bacana, já fui ao Rio algumas vezes mas nunca tinha ouvido falar desse monumento. Tentarei visitar a próxima vez que estiver por aí.

  6. Olá Carol! Nunca tinha ouvido falar desse monumento. Achei bem legal! Na próxima viagem para o Rio, vai estar na lista! Parabéns pelo post. 😉

    1. Obrigada Fabio! Não deixe de ir não. E se der para ir no dia da troca da guarda pode ser uma experiência mais interessante ainda…
      Abraços,
      Carolina

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