Olááá! Tudo bem? Hoje vamos falar sobre bolhas nos pés por causa da corrida.
Quem corre, provavelmente, algum dia, já sofreu com bolhas nos pés.
Mas… O que causa bolha nos pés? Como evitar esse problema? Como aliviar a dor de bolhas nos pés? Qual o tratamento de bolhas nos pés?
O tema bolhas nos pés foi escolhido simplesmente porque estava cheia de bolhas quando escrevi o post…
Antes de começarmos propriamente dito, gostaria de avisar que temos podcast e vídeo sobre o assunto.
Então, caso você prefira ouvir a ler ou assistir a ler, é só descer este post até o final.
Tanto o vídeo quanto o podcast sobre bolhas nos pés estão lá.
No início de novembro, tivemos a Camelbak Mountain Race Praias Selvagens.
Foi o retorno das corridas no Rio de Janeiro.
E como estava há muito tempo sem participar de uma prova devo ter tido um lapso de memória e acabei fazendo uma bobagem, o que me gerou as bolhas nos pés.
Já conto o drama, mas vamos às explicações corretas…
As bolhas aparecem pela pressão ou fricção entre pés, meias e tênis ou alguma infecção ou pancada.
O organismo entende que existe uma ameaça quando essa fricção começa.
Com isso, a camada mais superficial da pele (epiderme) se descola da segunda camada (derme) e a consequência vem através da produção de um fluido que se acumula entre tais camadas.
O fluido é incolor e ajuda na cicatrização e também na diminuição dos impactos.
Além disso, quando o atrito é muito grande, pode levar ao rompimento de vasos sanguíneos, o que gera uma bolha de sangue.
Tudo vai depender do local de maior atrito, o que está relacionado a vários fatores:
Esta é uma dúvida frequente. Furar ou não furar a bolha?
O ideal é não estourar, pois as bolhas podem ser portas de entrada para bactérias e outros microrganismos que podem gerar infecção (e piorar a situação).
Então, se a bolha for pequena e não incomodar, deixe como está.
A pele age como uma cobertura protetora sobre um ambiente estéril.
Portanto, deixe pequenas bolhas de sangue sem mexer também.
No entanto, caso a bolha esteja grande e muito dolorida, a drenagem pode ser recomendada.
Isso porque a bolha poderia estourar sozinha e arrebentar a pele de proteção (o chamado teto da bolha).
CUIDADO AO DRENAR A BOLHA! Use sempre uma agulha esterilizada com álcool 70%.
Algumas dicas práticas para evitar bolhas nos pés são:
E isso inclui o tamanho e o tipo de pisada!
Normalmente, devemos comprar o tênis de corrida em um número maior que o nosso modelo tradicional de dia a dia. Isso porque os pés incham durante a corrida.
Caso o tênis fique apertado, o atrito será absurdo e a possibilidade do surgimento de bolhas aumenta.
Já caso o tênis fique largo, o pé pode escorregar e ficar roçando em determinadas partes, o que também causará bolhas.
Dessa forma, o tênis correto para o seu tipo de pisada diminui possíveis áreas de sobrecarga.
Também tenha cuidado ao amarrar o cadarço.
Um cadarço muito apertado, pode gerar atrito também com os pés e originar bolhas.
Devemos sempre ter em mente que a água e o suor aumentam o atrito entre os pés e as meias.
Então, é importante que esses agentes sejam dissipados o mais rápido possível.
Para isso, o material da meia não deve reter a umidade.
O algodão retém o suor e a umidade. Já a nossa velha conhecida poliamida não.
Dessa forma, quanto maior a porcentagem de poliamida e menor a de algodão na meia, mais proteção contra bolhas o corredor terá.
Além disso, é importante observar se há dobras ou costura na meia.
Quando menos ou nenhuma costura, melhor. O mesmo vale para as dobras.
Em corridas trail, muitas vezes, isso é meio impossível, pois temos trechos de rios ou poças.
Mas quando der, tente optar por partes do caminho que não têm água.
Isso porque pode haver a possibilidade de você passar pelo cantinho de uma poça e minimizar (ou zerar) a quantidade de água que vai entrar em contato com seus pés.
Tem gente que, mesmo podendo evitar, enfia o pé na poça com vontade.
Depois, elas podem colher os frutos, ops, bolhas, por essa atitude.
No caso de corridas de asfalto, muitas pessoas jogam água no corpo para aliviar o calor.
E, claro, a gravidade ajuda a escorrer a água para dentro dos tênis.
Então, quando quiser se refrescar, jogue mais a água na cabeça e nas costas.
Essa prática minimiza a quantidade de água que vai encharcar seus tênis (e, consequentemente, seus pés).
A vaselina e alguns outros produtos podem (e devem) ser usados nos pés para evitar o atrito.
Caso o tênis possua algum tipo de costura que incomode também é indicado passar o produto na costura.
Procure não exagerar na quantidade de produto aplicado para que seus pés não fiquem escorregando dentro do tênis.
Neste vídeo, eu falo sobre alguns produtos para os pés de corredores, inclusive, sobre a vaselina.
Além disso, há uma resenha sobre o protetor de calos e bolhas bem completa. Então, não deixe de conferir Gel protetor de calos e bolhas Granado.
Se pele molhada é ruim, pele seca também, pois fica mais propensa à fricção.
Para evitar isso, use um bom creme hidratante para manter a umidade adequada e proteger a função de barreira da pele.
Muitas vezes, o atrito produzido entre os pés e o tênis é derivado de uma mecânica de corrida errada.
Portanto, para corrigir, um profissional de educação física ou fisioterapia pode realizar um trabalho de exercícios de correção e fortalecimento.
Como as bolhas possuem diversos graus e formas, elas exigem tratamentos distintos.
Como já falamos na parte sobre estourar ou não as bolhas, o ideal é não estourar caso ela seja pequena ou nem tenha líquido acumulado dentro dela.
A pele funciona como uma barreira e um curativo natural.
Bolhas maiores podem ser furadas, com material esterilizado, e com a manutenção da pele.
Já bolhas maiores ou mais profundas podem necessitar de acompanhamento médico para tratamento sob risco de agravamento do quadro.
O ideal seria evitar novos traumas no local.
E isso significa dar uma parada nos treinos.
Como o tempo médio para a recuperação de uma bolha é de sete dias, algumas pessoas podem não querer (ou não poder) esperar.
Então, a questão é minimizar os riscos e aliviar a dor causada pela bolha com curativos para diminuir o atrito durante as corridas.
Uma coisa que usei e que me ajudou muito foram os protetores de silicone.
Eles não tratavam as bolhas, mas ajudaram a minimizar o impacto e o atrito causado pela caminhada e pelos treinos.
Existem, atualmente, curativos chamados de hidrocoloides.
Eles são compostos por uma camada interna autoadesiva que contém Carboximetilcelulose sódica e uma camada externa de filme de poliuretano.
Quando entra em contato com o líquido que sai da bolha, há a formação de um gel.
Esse gel promove o desenvolvimento de um meio ambiente úmido otimizando o processo de cicatrização da bolha e permitindo a troca do curativo sem causar danos ao tecido recém-formado.
Além disso, ele protege contra um possível novo atrito.
Se a bolha for muito grande ou parecer infeccionada (com pus), o médico deve ser procurado imediatamente.
Também é recomendado procurar o médico se você for diabético e tiver uma bolha no pé.
Isso porque o diabetes compromete a circulação, o que retarda a cicatrização e pode causar danos aos nervos.
Bom, voltando ao meu drama na Camelbak Mountain Race…
Eu simplesmente fui com uma meia de algodão. Logo no início da corrida, tivemos um trecho de areia fofa. O que aconteceu?
Ou seja, por um bom tempo eu fiquei com os pés molhados, atritando com a areia no sapato e com uma meia nada adequada.
O resultado? Você vê no vídeo a seguir onde falo sobre outras dicas para evitar bolhas durante a corrida.
Ah, e no dia seguinte, eu tinha um running tour para fazer e, como a bolha já estava estourada, precisava mais do que nunca proteger a área.
Aproveitei para usar um hidrocoloide e posso dar meu depoimento pessoal de que esse recurso foi muito relevante para a proteção e cura da bolha.
Durante todo o running tour eu não tive o menor incômodo e depois que tirei o produto, a bolha (que já estava estourada) aparentava estar se fechando.
E você? Já teve bolhas nos pés por causa da corrida? O que fez para tratar as bolhas? O que achou do post? Se você gostou, compartilhe nas suas redes sociais e ajude outras pessoas a também saberem como lidar com as bolhas nos pés!
Além disso, tem mais alguma informação para complementar sobre o tema?
Então, escreva nos comentários e vamos continuar esta conversa…
Confira o podcast O que fazer para evitar bolhas nos pés de corredores:
Hoje fico por aqui!
Portanto, um super beijo e até a próxima,
Carolina
Para mais artigos do gênero, confira o Viagem, Corrida e Vaidade.
Gostou? Compartilhe!
Assine a newsletter mensal para receber novidades sobre o mundo das viagens tradicionais e das viagens para correr.
Super beijo,
Obrigada pela visita. Fique à vontade para dizer o que achou do post… Seus comentários são super bem-vindos…
Responderei o mais breve possível! Então, volte para ver sua resposta. Ou então, bem mais fácil: marque o “notifique-me” para ser avisado por e-mail quando o seu comentário for respondido.
Um super beijo…
Corrida do Túnel: como foram as impressões sobre a corrida em Niterói que passa pelo Túnel Charitas-Cafubá. Confira o artigo…
Conheça a Maratona de Istambul e sua particularidade de atravessar dois continentes: largada na Ásia e chegada na Europa.
Confira como foi a Meia Maratona de Buenos Aires na visão do Viajar correndo e anime-se para participar também.
